revisão 2012
Crença, por melhor que seja, é ainda o que pensamos que é.
Se o iluminado existe, é porque a clareza existe.
Pode um ser não iluminado ser claro? A resposta é positiva. E a isto eu chamo fé.
A fé no amor da espiritualidade ou filosofia eterna não é de que somos todos ums incapazes dependentes de uma certa autoridade inquestionável para atingirmos a luz.e que todos devemos sequir cegamente certa autoridade (mesmo no crime e suicídio).A este último, chamo de Crença, não Fé.
( Autoridades inquestionáveis, em geral, competem umas com outras numa guerra mortal, para garantirem a aposição privilegiada).
Como amantes da verdade, como um filósofo, temos que partir do "que é", da auto consciência espiritual, de um ponto de vista simples e claro (claro para a o outro e para nós mesmos) e proceder deste ponto com sinceridade para o mais complexo e mais difícil.
Nada mais peço, numa relação, do que a boa vontade, a sinceridade..
Quando as pessoas se contradizen e evitam ser claras por orgulho,ou vergonha, o que no final é a mesma coisa, não há boa vontade nem sinceridade.
Repito; Crença, por melhor que seja, é ainda o que pensamos que é.
Pensar que uma crença pode nos salvar e estarmos prontos para matar por uma crença é óbviamente nos refugiarmos no pensamento, e de certa forma, fugirmos do que é.
O verdadeiro amor não é ciumento nem vingador, como eram aqueles que apedrejavam os adúlteros no velho testamento.
Por melhor que seja, uma crença não justifica matar por ela, como escreveram no o velho testamento e se repetiu no Koran.
A justiça do amor não é destruir o homem mau e sim destruir o mal no homem.
No sentido verdadeiramente religioso, de que amor é Deus e Deus é amor, o único pecado é a desonestidade no amor, ou seja, colocar a imagem, geralmente a própria imagem, acima da verdade e da clareza. Colocar a competição acima da cooperação.
No sentido verdadeiramente religioso, a passiva ilusão, que é nossa vaidade, nossa ativa falsidade egóica, é colocar um falso pensamento acima da verdade. Uma imagem de superioridade, (de crença raça, sexo etc), acima da justiça em relação aos outros.
Ser verdadeiramente humilde é a única maneira de se ver o que é, o que é o amor.
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Este projeto de uma comunidade filosófica (Philosophic community project), iniciou por amor ao amor e á verdade e se baseia na meditação e diálogo aberto e honesto.
Podemos chamar a este projeto de meditação, de caminho de auto consciência, de caminho espiritual únicamente quando assim o fôr, quando realmente se basear na humildade e sinceridade, no amor á verdade, não em querer enganar os outros.
Quando realmente revelar a verdade, encontrar soluções para os conflitos e guerras mais sem solução da sociedade humana.
Sobre a escravidão da qual nos libera o amor
A clareza é indispensável não sómente para a resolução de um crime, mas também de conflitos entre duas pessoas.
Nao há clareza espiritual em subjulgar uma pessoa á outra como mera propriedade material, como decidiram patriarcas de nossas arcaicas tradições machistas mesmo do Velho testamento.
Assim é em algumas tribos de macacos, onde o mais barbudo possui um harem de fêmeas e vive entre copular com elas e brigar uns com os outros para garantir á força bruta, sua posição privilegiada.
Com o Cristo do Novo Testamento, a noção de uma relação conjugal evoluiu deste estado primitivo onde a mulher era propriedade de um homem, para uma relação de propriedade mútua, se bem que indissolúvel.
Mas a idéia de uma propriedade mútua ainda não é uma perfeita relação, porque propriedade implica a escravidão de uma criatura a outra.
Nem tudo no Novo Testamento é coerente com o amor de Deus que o Cristo proclama em muitas passagens. Se, como o próprio Cristo proclamou, Deus é amor, e devemos amar nossos inimigos, então, matar os inimigos, o que tambem se encontra em certas passagens, não faz sentido.
Uns quatrocentos anos após Jesus Cristo, Mohammed retrocedeu para o estado mais primitivo de Moiséis, fazendo de novo do homem o escolhido de deus acima das mulheres, o que é uma pretenção espiritualmente ignorante, baseada na lei do físicamente mais forte.
A escravidão e o subjulgamento de uma criatura a outra nega a essencial liberdade do amor, tão bem defendida por Krisnamurti, o anti-guru do século XX.
O bem de alquem deve ser maior que ela ser nossa propriedade. A escravidão, na época, ainda não havia sido abolida, mas o amor liberta.O verdadeiro amor não é escravagista, ciumento nem vingador, como aqueles que apedrejavam os adúlteros no velho testamento. A justiça do amor não é destruir o homem mau e sim destruir o mal no homen.
Revisão 1 março, 2012
escrito em 2008